quinta-feira, 21 de abril de 2011

Ao Amigo Pedro,

Duas considerações distintas e independentes:

1. Meu amigo de guerra. Irmão de armas por outrora.
Não viste mais sentido nessas nossas linhas de frente
E então, largaste teu fuzil no chão e foste embora.

Mas por acaso não lhe veio, Pedro, a tua mente,
Que sobrevoa e vê do alto, toda essa guerra agora,
Que fuzil no chão é dado ao inimigo de presente?

2.- Como é difícil matar a saudade para ouvir um "adeus".
Contudo, disseste que voaste, e isso me anima, pois sei
Que voar cansa. Ninguém voa o tempo todo meu amigo.
Até mesmo o mais forte falcão necessita deixar pegadas.

Te vejo breve em terra firme, e não precisa explicar.

2 viajante(s):

Pedro Noguez disse...

Com certeza, mesmo se voasse como o falcão, voltaria a deixar pegadas, e voltarei. Mas essas pegadas serão mais suaves, pois não haverá mais fuzil. Aqueles contra quem combatemos, por eles é que devemos combater. O mais difícil de amar é, também, o que mais precisa de amor. E esta outra arma, ao invés da antiga, não só cala inimigos, mas também reúne um exército de amigos. Lindo, não? hahah! Ao amigo Bob, um abraço e saudades.

o menino viajante disse...

lindo... mas eu ainda to me fudendo aqui.