sábado, 3 de julho de 2010

Desabafo Sincero II

Desabafo Sincero II

Eu não sei quem eu sou
Mas sei quem não sou:

Essa barba bem feita
Esse violão calado
Essa folha vazia
Essa garrafa de vinho cheia

Não sou eu.

E eu não sei quem são vocês
Mas sei quem vocês não são:

Essa vidinha perfeita
Esse abraço apertado
Essa fotogênica alegria
Esse desinteresse pela vida alheia

Eu não caio nessa.

...Mas confesso aqui
Que o cinismo recíproco
É o mais cômodo dos colos
E permite deitar e esquecer
-Confortavelmente-
Quem somos nós.

Êita urbanhalha cinzenta
-A cara de pau nos cega!

3 viajante(s):

Paula disse...

acordado a essa hora?

Paula disse...

curti o poema, apesar dos pesares

Paula disse...
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