Desabafo Sincero II
Eu não sei quem eu sou
Mas sei quem não sou:
Essa barba bem feita
Esse violão calado
Essa folha vazia
Essa garrafa de vinho cheia
Não sou eu.
E eu não sei quem são vocês
Mas sei quem vocês não são:
Essa vidinha perfeita
Esse abraço apertado
Essa fotogênica alegria
Esse desinteresse pela vida alheia
Eu não caio nessa.
...Mas confesso aqui
Que o cinismo recíproco
É o mais cômodo dos colos
E permite deitar e esquecer
-Confortavelmente-
Quem somos nós.
Êita urbanhalha cinzenta
-A cara de pau nos cega!
3 viajante(s):
acordado a essa hora?
curti o poema, apesar dos pesares
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