sábado, 3 de julho de 2010

Amor e Paciência

Escrito em 2007. Eu tinha 16. Um de meus primeiros poemas fora da estética do Rap. Isso se evidência na insegurança das rimas, essenciais no Rap, mas dispensáveis quando se quer dizer alguma coisa urgente a ser dita. Então nesse poema - ao meu ver meio bobo - há muitas rimas pobres, que refletem essa insegurança. Postei aqui, mas não queria. Porém há uma explicação... Certas coisas na vida, por mais que a gente esteja careca de saber e alertar os outros, acontecem com a gente, e estamos tão envolvidos que mal percebemos. É como um barco a vela no meio do mar. Tamanha é a imensidão dos horizontes que o azul do céu se confunde com o azul do mar, e quando tu te dá por conta, o vento te levo pra outro rumo,quando tu vê tu tá perdido. E nesse poema eu falo sobre quando a persistência vira teimosia... E eu, marinheiro de primeira viagem nessa vida, deveria ter ouvido aquilo que eu tanto alertava.

amor e paciência
um depende do outro
tão grande a influência
que um não sobrevive sem o outro

o amor sem paciência
uma forte rajada de vento
iludida, furiosa e intensa
dura tão breve momento

a paciência sem amor
é ventania teimosa
que muda de rota sem pudor
perdição desastrosa

o amor paciente
quando existe de verdade
é a brisa leve que leva a gente
para os mares da felicidade

a persistência vira teimosia
se a paciência é vazia
se o amor não existe
inutilmente alguém persiste

mas não importa, o vento continua soprando...

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