Que juventude essa!
Bonita sim, mas vazia.
Vivendo sem medo,
Igual trem nos trilhos.
Toda a liberdade
Para andar na linha.
Sendo movidos apenas
Pelo carvão queimando
Nos olhos deslumbrados,
Nos ouvidos alienados.
Mantendo a tradição
De achar que viver é
Apenas fazer fumaça!
Enquanto na verdade,
O carvoeiro te enche
De motivos, de idéias
Para te ver correr, mas
O maquinista te vê como,
E apenas como,
A próxima parada.
Bonita sim, mas vazia.
Vivendo sem medo,
Igual trem nos trilhos.
Toda a liberdade
Para andar na linha.
Sendo movidos apenas
Pelo carvão queimando
Nos olhos deslumbrados,
Nos ouvidos alienados.
Mantendo a tradição
De achar que viver é
Apenas fazer fumaça!
Enquanto na verdade,
O carvoeiro te enche
De motivos, de idéias
Para te ver correr, mas
O maquinista te vê como,
E apenas como,
A próxima parada.
3 viajante(s):
Juro que li a metáfora por mais ou menos 20 minutos e tudo faz sentido para mim até entrar o maniquinista na história. Sei que o autor não deve revelar no que estava pensando, mas não consigo entender quem é o maniquista e o que representa a parada.
Desculpe pela demora, vou tentar esclarecer sua dúvida.
A juventude acredita cegamente na sua liberdade e no valor de seus atos que se mostram tão vazios... Eu comparo a "liberdade" do jovem com um trilho de trem: "toda liberdade para andar na linha", e a juventude como o próprio trem, correndo, correndo, sem medo. Cada vez mais rápido.
Ora, vejo a coisa assim. Vejo as novidades, a música e a moda alimentarem essa juventude, assim como um carvoeiro "alimenta" a força de um trem:
"...Sendo movidos apenas
Pelo carvão queimando
Nos olhos deslumbrados,
Nos ouvidos alienados.
Mantendo a tradição
De achar que viver é
Apenas fazer fumaça!
Enquanto na verdade,
O carvoeiro te enche
De motivos, de idéias
Para te ver correr, mas
O maquinista te vê como,
E apenas como,
A próxima parada.
No caso, o maquinista seria o controlador do trem, o que puxa o freio... (Isso tu pode comparar com uma série de entidades, instituições, lideres ideológicos, etc.) e a meta do maquinista é levar o trem até a próxima parada.
A proxima parada seria um objetivo, ou até mesmo um ponto onde descem os velhos passageiros e sobem novos, enfim, há várias interpretações.
É isso, espero ter explicado.
Abraço.
Vendo desta maneira achei realmente genial, pois fala muito em versos paralelos, e tenho esta mesma persepção da realidade juvenil, porém depende de cada um de nós ajustarmos nossas atitudes.
Postar um comentário